Resumo de parecer da CPI do MST acusa movimento de irregularidades
Relator diz que não há necessidade de mais áreas para reforma agrária
Relator diz que não há necessidade de mais áreas para reforma agrária
Um pedido de vista
coletivo adiou a votação do relatório do deputado Ricardo Salles (PL-SP) na
Comissão Parlamentar de Inquérito do Movimento dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). A discussão e votação do parecer ficou
para terça-feira (26).
Após a leitura do
relatório e o pedido de vista, o presidente do colegiado, tenente-coronel Zucco
(Republicanos-RS), rapidamente encerrou a sessão, sem que houvesse tempo para
os deputados se manifestarem.
Na reunião desta
quinta-feira (21), Salles apresentou um resumo do relatório no qual acusa o
movimento, que reivindica a reforma agrária e é favorável à agricultura
familiar, de uma série de irregularidades, como práticas de abusos contra
assentados e privilégios de dirigentes. Além disso, o relator acusa o MST de se
apropriar de recursos públicos.
O relator também
afirma não haver a necessidade de, ao menos nesse momento, se aumentar as áreas
destinadas à reforma agrária. Na avaliação de Salles, o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) “é o maior latifundiário improdutivo do país”.
O deputado prometeu
apresentar anexos ao relatório detalhando o que, na sua visão, seriam crimes
praticados por integrantes do movimento.
Salles pede ainda o indiciamento de 11 pessoas. Entre elas, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias e José Rainha, líder da Frente de Luta Campo e Cidade. O deputado sugeriu ainda que o presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Messias Silva, seja indiciado.
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